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04/04/13

CONHECENDO ALGUMAS DAS CITAÇÕES DE ANA NUNES

CONHECI ANA NUNES ATRAVÉS DE MINHA PRIMA... AGRADEÇO A ADRIANA CAVALCANTI QUE POSTOU E GOSTEI... BJO. 

"Sou feita de palavras e de silêncios. De risos e lágrimas. De sol e chuva. Sombra e calor. Sou feita de cor e de luz. De escuridão e de abraço. Sou feita de vida e de morte. De bem e mal. De dor e cura. Sou feita de poemas, poesias, contos, poucas rimas, frases soltas. Eu sou solta! Me solto! Me jogo no mundo! Me lanço no tempo, no espaço, no presente e esqueço o passado muito rápido. (...) Sou feita do que eu quiser. Do que eu me deixar ser. E eu me deixo ser mesmo! Me deixo ser tudo, qualquer coisa, até quando EU quiser"
|Ana Nunes|
  

"GENTES" - por Ana Nunes (muito boa, recomendo a leitura)

 

"Eu tenho muito medo de gente. Tenho medo de gente competitiva, gente que não divide, que não se agrada com nada, que só pensa em lucro, que se acha perfeito, que não gosta de criança, que não ouvi música e reclama de risada alta e gostosa. Tenho medo de gente que passa rápido pelo espelho, que não se namora nunca, que não sorri ou resmunga sozinho de vez em quando. Tenho medo de gente que sempre chega nos lugares de cara amarrada. Que sempre sai de casa de cara amarrada. Que quer enfrentar tudo e todos, que fala sempre muito alto e olha por cima. Tenho medo de gente que critica o amor, que banaliza todo e qualquer sentimento, que trata tudo como mercadoria e faz da vida um comércio, um mercado. Que faz das situações um leilão. Eu gosto mesmo é de gente que pega no sono em qualquer lugar, que sonha acordado, que brinca de amarelinha, pula corda sozinho. Que escorrega lavando o banheiro e cai na gargalhada. Gosto de gente que divide. Que divide abraço. Que divide beijo. Que divide sonho. E até que divide medo – porque eu acho que, assim, o medo sente medo e a gente ganha força, forma equipe, cria laço. Eu gosto de gente que não espera o brigadeiro esfriar. Que lambe os dedos, que sobe em árvore, que se respeita. Eu gosto de gente que vive! Que ama! Que sonha! Que se apaixona! Eu gosto de gente! Mesmo com alguns medos, com algumas defesas, eu gosto de todo tipo de gente.Até das “gentes” que fingem que não gostam de outras“gentes”."



  Acredito, hoje, que a saudade é um tipo de amor borrado. O borrão fica ali, não sai, não volta. Não se torna ex-borrão. Nem sei mais se dá pra ter ex-amor, que dirá ex-saudade. Por isso, insisto: saudade é amor que fica (é amor borrado).



Chega um momento que fazemos só o que damos conta. Apagamos o número do telefone da agenda, rabiscamos todos os corações na última página do caderno, fingimos não lembrar a data do aniversário. Mas é tudo de mentirinha, né? A "coisa" dói ali só que em silêncio. Empurramos tudo com a correria do dia a dia. Marcamos mil e vários compromissos. Enchemos a cara de outros desejos, só pra ver se passa. Se cola. Se alguém acredita. Mas sabemos que está tudo ali, na ponta da língua, contido, espremido, amargando, pronto pra ser cuspido. Mas engolimos pra nossa indigestão eterna.



Eu queria saber, mesmo que por um dia, qual o som do silêncio. Não ouvir meus pensamentos, emudecer minhas lembranças e apagar a luz do mundo.



Eu acordei sem expectativa alguma, sem planos, sem disposição até. Mas aí, quando sai de casa, me senti sufocada, apertada. E era o dia me abraçando com todo seu azul, seus raios de sol e sua pretensão de me fazer sorrir.



É tão fácil falar pro outro o que fazer. Escrever receitas intermináveis sobre como lidar com a vida (suas perdas e maravilhas, suas oscilações e alegrias). É tão fácil escrever poesia. Fingir felicidade e sorrir sem vontade. Ainda não tem receita pra esconder decepção - não pra essa que estou sentindo agora. Me mato e me saro na mesma rima. Me sacrifico, me crucifico e depois cresço ainda mais na dor.
(Dói, dói muito, mas é a vida...).



Antes de tudo,
de qualquer coisa,
de ser alguma coisa,
somos só metade.
Parte de partes de meias palavras,
de meios conceitos,
de meias verdades,
de tantas mentiras.
Somos metade do caminho,
beijo sem lábio,
poesia sem rima,
estrela sozinha em noite nublada,
mar sem onda,
ou onda sem mar,
signo solto sem zodíaco,
saliva sem paladar...



Quero voltar atrás, posso? Bom, eu quero que esqueçam tudo: quando disse que eu era só metade. Que eu era parte de alguma coisa. Que eu era parte de palavras. Que eu era atalho. Sozinha. Nublada. Sem rima. Sem refrão. Sem conceitos. Sem pal
adar. Sem lábio. Sem beijo. Sem nada! Esqueçam. Por favor, esqueçam.
Eu sou a poesia completa. Eu sou a rima perfeita. Sou todo e qualquer refrão. Sou acordes. Sou inteira. Sou homem. Sou mulher. Sou o que eu quiser ser. Sou poderosa. Sou mãe.
Foram-se as palavras, restou o sentir!
Eu sou a batida de dois corações.



A vida é a própria manifestação da existência de Deus.



Guarde sua ironia e sua maldade na privada da sua boca!



Hoje eu tirei o dia pra pensar. E eu pensei muito na maldade. Tentei entender o porque de ser cruel. Me concentrei pra encontrar um ganho em cuspir palavras agressivas na cara de alguém. Não consegui chegar em nada. Em lugar nenhum mesmo!
Mas aí eu pensei no perdão. E me questionei sobre a frequência que ele acontece e se ele realmente deve acontecer. Será que ele acontece mesmo?
Acho que vou ficar sem resposta pra tudo isso.
Vou pensar e pensar mais.
Quem sabe eu concluo que a vida é uma loucura e não se pode ter certeza de nada? Não se pode confiar em nada e nem em ninguém.
(Talvez eu já tenha cuspido palavras agressivas em alguém. Por que não?)
Deixa o amanhã chegar e eu resolvo se fico aqui ou se me mudo pra qualquer lugar que eu quiser inventar.




Há quanto tempo você não agradece? (Por qualquer coisa, não importa o que.).
Quanto tempo faz que você não dá um abraço bem apertado em alguém?
Quanto tempo faz que você não diz a alguém de sua importância?
Quanto tempo faz que você não
dá uma gargalhada bem gostosa?
Quanto tempo faz que você não diz "eu te amo"?
Há quanto tempo você não se aventura?

(Espero que alguma lembrança esteja fresca em sua memória!)




Os meus pedidos de desculpa

O que é que eu faço para te deixar orgulhosa?
O que é que eu tenho que fazer para acreditares que sou capaz?
O que é que eu faço se alguém vier e me deitar a baixo?
E procuro-te para me ajudares a levantar, mas tu não estás lá porque estás chateada comigo?
O que é que eu tenho de fazer para me desculpares por tudo o que tenho feito?
O que é que eu tenho de fazer para nenhuma de nós sair magoada disto tudo?
O que é que eu te posso dizer quando tudo isto acabar?
Se “desculpa” costuma ser a palavra mais difícil de se dizer....
O que é que eu digo então?

Esta vida continua....
Comecei a aprender mais e mais sobre a responsabilidade
Então reparei que muitas das coisas que eu faço afectam muitas pessoas à minha volta
Aproveito então para pedir nesta folha, desculpa por tudo o que tenho feito, coisas que ainda sou fraca e incapaz de vos dizer na cara
Sei que tenho de começar a tomar responsabilidades pelos meus actos...
Desculpe pelas coisas que a deixam em baixo, porque na maioria das vezes nem penso no que estou a fazer.
Desculpe por ter mudado a sua vida para cuidar de mim; tenta manter-se ocupada, mas os seus pensamentos são sempre os mesmos. Você cuidou da sua família e de todos à sua volta, amou e ama todos eles da mesma maneira...e nem sabe a quantidade de vezes que peço para vocês os três não me deixarem.
Desculpe por deixá-la muitas vezes sozinha.
Desculpe por ter de fazer tudo por sua conta, sem muitas vezes contar com a minha ajuda.
Desculpe se cresci muito depressa, quem me dera tê-la ouvido mais, quando mais nova, para não ser assim.
Desculpe pela sua vida ter dado uma volta de 180º.
Desculpe pelas vezes em que se zanga comigo.
Desculpe pelas vezes em que os vícios falam mais alto.
Eu entendo que todas as pessoas têm problemas, não sou assim tão cega para não ver isso.
Todos os sentimentos que tem dentro de si, transmitem-se em todas as minhas incertezas. Se ao menos eu conseguisse pedir desculpa por estar errada, e ter vergonha do que faço...não era preciso sofrerem por minha causa, mas podem sempre pôr a culpa em mim.
Desculpa se demoro a entender o teu ponto de vista, sabendo que estou errada, mas tentando inverter a situação.
Desculpa por demorar muito tempo a responder quando me chamas ou falas para mim, mas estou sempre com a cabeça noutro lado, onde ninguém me pode encontrar.
Desculpa pelas vezes em que não te falo, ou quando chego mais tarde e nem te dou explicações.
Desculpa pelas vezes em que tenho de ir e nem te ligo.
Desculpa pelas vezes em que te deixo triste.
Desculpa por todas as vezes que te falto ao respeito.
Desculpa pelas coisas erradas que faço, quando não estou contigo nos momentos em que mais precisas.
Desculpa pelo facto de não gostar de estudar, mas sei que ficas preocupada quando não o faço.
Desculpa pelas coisas que não te digo, mas não tenho coragem...mas podes sempre pôr a culpa em mim.

Vocês são a melhor coisa que eu tenho no mundo, e tenho toda a coragem e força para dizer que tenho orgulho em ser da vossa família.
“Me considero uma pessoa de sorte, eu tenho força necessária para nadar contra a correnteza e superar obstáculos, porque sorte não é algo que acontece ao acaso, que você adquire colocando uma ferradura na porta ou fazendo simpatia, sorte é uma combinação de competência e oportunidade que aí sim, ao “acaso”, as pessoas resolveram chamar de sorte”. 

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