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27/04/11

DIA 28/4 É O DIA MUNDIAL DA BOA AÇÃO! DIVULGUE E PRATIQUE O BEM!

VAMOS ENTRAR NESSA CORRENTE? REPASSE! AMANHÃ, 28/4 É O DIA MUNDIAL DA BOA AÇÃO, EVENTO QUE FAZ PARTE DO MOVIMENTO CORRENTE DO BEM E É REALIZADO EM CERCA DE 30 PAÍSES.
PARA PARTICIPAR BASTA PENSAR EM ALGO FÁCIL DE SER REALIZADO E QUE VAI FAZER ALGUÉM FELIZ. SE FOR UM DESCONHECIDO, MELHOR AINDA! O OBJETIVO É QUE DIA 28 TODO MUNDO FAÇA ENTRE UMA E TRÊS BOAS AÇÕES PARA PESSOAS DIFERENTES, SEM ESPERAR OU PEDIR NADA EM TROCA. TEM MUITA GENTE QUE AINDA PENSA QUE É PRECISO TER DINHEIRO OU TEMPO SOBRANDO PARA SER SOLIDÁRIO, MAS A VERDADE É QUE BOAS AÇÕES PODEM SER FEITAS NO NOSSO DIA-A-DIA DE FORMA RÁPIDA E DIVERTIDA. PARTICIPE E DIVULGUE. CONTRIBUA FAZENDO 3 BOAS AÇÕES, OU APENAS UMA, A DE COMPARTILHAR ESTA INFORMAÇÃO. FAZER O BEM FAZ BEM! E QM NÃO ASSISTIU AO FILME "A CORRENTE DO BEM", ASSISTA O MAIS BREVE QUE PUDER. É POSSÍVEL SIM CRIAR UMA ONDA DE COISAS BOAS!

"EU VOLTEI, VOLTEI PARA FICAR, PORQUE AQUI É MEU LUGAR!"


"ESTOU DE VOLTA PRA O MEU ACONCHEGO, TRAZENDO NA MALA BASTANTE SAUDADE..."
VALERAM DEMAIS AS FÉRIAS EM FORTALEZA!
REVI FAMILIARES E AMIGOS...
PENSO Q FIZ UM BOM PLANTIO E RECEBI
EXCELENTE COLHEITA.

FORAM MUITOS OS MOMENTOS FELIZES POR LÁ!!! AGORA, DE VOLTA ÀS MONTANHAS DE MG PARA VIVER MAIS... NA LEMBRANÇA O CHEIRO DE MAR!!!
FOI BOM D+ VIAJAR! MAS É MUITO BOM TB CHEGAR EM CASA! DE VOLTA AO BLOG E A ROTINA GRACIOSA DA VIDA E SEU COTIDIANO.

11/04/11

BOA PÁSCOA! NO FINAL DO MÊS TÔ AQUI DE VOLTA! ATÉ LÁ!



A VIDA É UMA GRANDE PERGUNTA EM BUSCA DE GRANDES RESPOSTAS - POR TÂNIA C. O'GRADY FELIPE


 
O HOMEM É UM SER QUESTIONADOR E FILÓSOFO POR NATUREZA, GOSTA DE SE FAZER PERGUNTAS... EU SOU ASSIM, ME INTERROGO A TODO INSTANTE E FICO A PENSAR... REFLITO, REPENSO, ÀS VEZES, ENCONTRO RESPOSTAS, EM OUTRAS, NÃO. DAÍ RESOLVI REGISTRAR ALGUMAS DAS INÚMERAS INDAGAÇÕES QUE FAÇO SEMPRE...
O QUE TENHO FEITO DA MINHA VIDA? REALIZEI POUCO OU MUITO ATÉ AQUI? O QUE FIZ DE BOM E BELO? E ISSO TEVE IMPORTÂNCIA NA VIDA DE QUE PESSOAS? PREENCHI MINHA VIDA COM O QUE DESEJAVA? TIVE ATITUDES GENEROSAS? DEDIQUEI-ME A FAMÍLIA? JÁ TOMEI INICIATIVAS PARA APOIAR ALGUÉM? O QUE FOI REALMENTE IMPORTANTE PRA MIM? DEIXEI O AMOR FAZER PARTE DA MINHA VIDA? CONSIGO RECONHECER QUEM AMEI DE VERDADE? ACREDITO QUE SOUBE AMAR? QUEM ME AMOU? A QUEM EU AMEI? E A QUEM AMO? RECEBI AMOR DE QUEM? DEI AMOR? PRA QUEM? ESQUECI DE ALGUÉM? FIZ A DIFERENÇA PARA ALGUÉM? CONSIDERO QUE MINHA VIDA TEM SIDO BOA? BEM VIVIDA? SOUBE RELEVAR EM ALGUNS ASPECTOS? E CRITICAR? RECEBI BEM AS CRÍTICAS? SOUBE COMPREENDER? AGI DE MANEIRA AMOROSA COM QUEM MERECIA? AMEI QUANDO? QUANTAS VEZES? DE FORMAS DIFERENTES? USEI MAIS O MEU TEMPO PARA SER OU FAZER? AO LONGO DE MEU PERCURSO NA TERRA PROCUREI TOCAR O CORAÇÃO DOS OUTROS? ACREDITO TER UMA BOA VIDA AMOROSA? SEI VALORIZAR AS PESSOAS QUE AMO? POSSUO BOAS INTENÇÕES NO MEU DIA-A-DIA? AJO COERENTE COM A MINHA FALA? SEI USAR O MEU TEMPO? E MINHA ENERGIA? POSSUO BOAS RECORDAÇÕES DA VIDA QUE TIVE ATÉ AGORA? ACREDITO SER UMA PESSOA QUE SOU LEMBRADA DE FORMA QUERIDA? SE EU AMO UMA PESSOA, COMO DEVO TRATÁ-LA? COSTUMO DAR CARINHO? É O SUFICIENTE? FAÇO ESCOLHAS PRODUTIVAS E GRATIFICANTES? REAJO MAIS AGRESSIVAMENTE OU PACIFICAMENTE? SINTO AMOR PELOS OUTROS OU QUERO APENAS QUE OS OUTROS SINTAM AMOR POR MIM? SINTO AMOR POR MINHA PRÓPRIA VIDA? CONTINUO AMANDO MESMO QUANDO O OUTRO INVADE O MEU ESPAÇO? E TAMBÉM QUANDO ME RESPONDEM COM INDIFERENÇA? TENHO GESTOS GENEROSOS NO MEU COTIDIANO? COM QUEM? QUANDO BRIGO, GOSTO DE FAZER LOGO AS PAZES? GUARDO MÁGOAS? PRA QUÊ? EXIJO QUE OS OUTROS AJAM COM AMOR, MAS EU MESMO NÃO FAZ ISSO? SEMPRE JUSTIFICO MEUS ATOS DE DESAMOR? PROSSIGO AMANDO MESMO QUANDO O OUTRO NÃO SE COMPORTA COMO EU GOSTARIA? QUANDO ME ZANGO TENHO MOTIVOS REAIS PRA ISSO? SEI TÃO BEM DAR QUANTO RECEBER ORDENS? AJO COM AMOR MESMO QUANDO NÃO ME SINTO COM DISPOSIÇÃO? CONSIGO MANTER O EQUILÍBRIO MESMO QUANDO OS OUTROS SE AGITAM? MINHA TRANQUILIDADE CONSEGUE CONTAGIAR ALGUÉM? SOU O TIPO DE PESSOA QUE SE CONCENTRA NO QUE É ERRADO E SÓ VÊ ERROS? OU ME CONCENTRO NO QUE É BELO E PRECIOSO E SÓ VEJO BELEZA? APRENDO COM O ERRO? SEI DIZER NÃO? VIVO DA MELHOR FORMA POSSÍVEL, COLABORANDO COM O BEM ESTAR DE TODOS? CULTIVO PRECONCEITOS? SOU DO TIPO QUE ME JULGO COM MUITA SEVERIDADE? O QUE DEVO DIZER PARA ALGUÉM QUE ESPERA O AMOR QUE TANTO DESEJA, MAS AINDA NÃO VEIO? COSTUMO ME LIBERTAR DAS AMARRAS QUE  ME IMPEDEM  DE SER QUEM SOU? RECONHEÇO A IMPORTÂNCIA DE ACOLHER E ESTIMULAR O OUTRO? SEI QUE O QUE UMA CRIANÇA MAIS VALORIZA É A PRESENÇA E O APOIO? EXPRESSO O QUE SINTO VERDADEIRAMENTE? COSTUMO ME ABRIR PARA AS EXPERIÊNCIAS? O NOVO ASSUSTA ME MUITO? GOSTO QUE ME ACEITEM E ME RECONHEÇAM PELO QUE SOU, AUTENTICAMENTE? TENHO MANIA DE SUFOCAR O QUE SINTO? É FÁCIL OU DIFÍCIL REVELAR MEUS SENTIMENTOS? E OS PENSAMENTOS SÃO BEM REVELADOS? É SIMPLES OU COMPLEXO OUVIR? BUSCO COMPREENDER O QUE O OUTRO PENSA OU SENTE? ADMIRO CUIDAR E SER CUIDADA? CONSIDERO-ME UMA PESSOA APTA A DAR E RECEBER AMOR? OU SOU APENAS CAPAZ DE RECEBER? OU SOMENTE SOU HABILITADA A DAR? VIVO INTENSAMENTE? CURTO ME ENTREGAR À VIDA? ENCONTRO TEMPO PARA VALORIZAR O QUE TENHO? RECONHEÇO QUAIS OS VALORES QUE JULGO MAIS IMPORTANTES? COSTUMO, MUITAS VEZES NA SEMANA, AGIR OU REAGIR COM DUREZA, IRONIA, INDIFERENÇA OU GROSSERIA? O QUE POSSO FAZER PARA APERFEIÇOAR UM RELACIONAMENTO? COMO POSSO SER AINDA MAIS FELIZ? COMO DEVO FAZER PARA QUE O AMOR SE TORNE UM ESTADO PERMANENTE? TUDO O QUE CONQUISTEI, SENDO QUEM SOU, ME ENVAIDECE? OU ME ENTRISTECE? MINHA VIDA É VOLTADA PARA A INTEGRIDADE, A RESPONSABILIDADE, O RESPEITO, A PLENITUDE E A CRIATIVIDADE? O QUE POSSO FAZER PARA ENCHER AINDA MAIS A MINHA VIDA DE AMOR? POR QUE O AMOR É TÃO FUNDAMENTAL PARA A MINHA FELICIDADE? COSTUMO ME SOBRECARREGAR DE PREOCUPAÇÕES E CONFLITOS? TENHO ME COMPROMETIDO COM BONS PROJETOS? DEDICO TEMPO TAMBÉM PARA FICAR À TOA? ACEITO OS MEUS VERDADEIROS SENTIMENTOS, SEJAM ELES QUAIS FOREM? QUAIS MINHAS MAIORES EXPECTATIVAS? E OS MEUS GRANDES RECEIOS? O QUE EU AINDA QUERO MUITO? QUAL É O MEU DESEJO MAIS PROFUNDO? COMO VIVER UMA VIDA PLENA, SIGNIFICATIVA E FELIZ AGORA E SEMPRE? TENHO RESPONSABILIDADE E MATURIDADE PARA ARCAR COM AS CONSEQUÊNCIAS DE MINHAS ATITUDES? PERMITO QUE O OUTRO SEJA QUEM ELE É? CONSIGO ME VER COMO REALMENTE SOU? MINHAS ESCOLHAS REFLETEM O QUE SOU? O QUE TENHO FEITO PARA QUE O AMOR CRESÇA E FLORESÇA NO MEU ENTORNO? COMO TENHO EXPRESSADO O MEU AMOR?  TENHO PRATICADO A MÁXIMA DE JESUS: FAÇO COM O OUTRO AQUILO QUE GOSTARIA QUE FIZESSE COMIGO? O QUE A VIDA REPRESENTA PARA MIM? E A MORTE? QUE SIGNIFICADOS TÊM TUDO ISSO QUE EU UM DIA FIZ, FAÇO E AINDA FAREI? 
É ISSO! TANTAS PERGUNTAS E CERTAMENTE UMA IMENSA DIVERSIDADE NAS RESPOSTAS, MAS O BOM MESMO NÃO É PERGUNTAR, NEM TÃO POUCO RESPONDER, MAS SIMPLESMENTE PENSAR E REPENSAR SOBRE TANTAS INDAGAÇÕES!!!  ISSO É QUE É GOSTAR DE FILOSOFAR!!!



A JANELA DOS OUTROS - Martha Medeiros

 
Gosto dos livros de ficção do psiquiatra Irvin Yalom (Quando Nietzsche Chorou, A Cura de Schopenhauer) e por isso acabei comprando também seu Os Desafios da Terapia, em que ele discute alguns relacionamentos padrões entre terapeuta e paciente, dando exemplos reais. Eu devo ter sido psicanalista em outra encarnação, tanto o assunto me fascina. Ainda no início do livro, ele conta a história de uma paciente que tinha um relacionamento difícil com o pai. Quase nunca conversavam, mas surgiu a oportunidade de viajarem juntos de carro e ela imaginou que seria um bom momento para se aproximarem. Durante o trajeto, o pai, que estava na direção, comentou sobre a sujeira e degradação de um córrego que acompanhava a estrada. A garota olhou para o córrego a seu lado e viu águas límpidas, um cenário de Walt Disney. E teve a certeza de que ela e o pai realmente não tinham a mesma visão da vida. Seguiram a viagem sem trocar mais palavra.

Muitos anos depois, esta mulher fez a mesma viagem, pela mesma estrada, desta vez com uma amiga. Estando agora ao volante, ela surpreendeu- se: do lado esquerdo, o córrego era realmente feio e poluído, como seu pai havia descrito, ao contrário do belo córrego que ficava do lado direito da pista. E uma tristeza profunda se abateu sobre ela por não ter levado em consideração o então comentário de seu pai, que a esta altura já havia falecido.

Parece uma parábola, mas acontece todo dia: a gente só tem olhos para o que mostra a nossa janela, nunca a janela do outro. O que a gente vê é o que vale, não importa que alguém bem perto esteja vendo algo diferente.

A mesma estrada, para uns, é infinita, e para outros, curta. Para uns, o pedágio sai caro; para outros, não pesa no bolso. Boa parte dos brasileiros acredita que o país está melhorando, enquanto que a outra perdeu totalmente a esperança. Alguns celebram a tecnologia como um fator evolutivo da sociedade, outros lamentam que as relações humanas estejam tão frias. Uns enxergam nossa cultura estagnada, outros aplaudem a crescente diversidade. Cada um gruda o nariz na sua janela, na sua própria paisagem.

Eu costumo dar uma espiada no ângulo de visão do vizinho. Me deixa menos enclausurada nos meus próprios pontos de vista, mas, em contrapartida, me tira a certeza de tudo. Dependendo de onde se esteja posicionado, a razão pode estar do nosso lado, mas a perderemos assim que trocarmos de lugar. Só possuindo uma visão de 360 graus para nos declararmos sábios. E a sabedoria recomenda que falemos menos, que batamos menos o martelo e que sejamos menos enfáticos, pois todos estão certos e todos estão errados em algum aspecto da análise.
É o triunfo da dúvida.
CONTRIBUIÇÃO DA MINHA GRANDE E QUERIDA AMIGA, APARECIDA FERREIRA HORTA.

Desejo é realização antecipada - Chico Xavier/Espírito André Luiz

 

Desejo é realização antecipada.
Querendo, mentalizamos; mentalizando, agimos; agindo, atraímos; atraindo, realizamos.
Como você pensa, você crê, e como você crê, será.
Cada um tem hoje o que desejou ontem e terá amanhã o que deseja hoje.
Campo de desejo, no terreno do espírito, é semelhante ao campo de cultura na gleba do mundo, na qual cada lavrador é livre na sementeira e responsável na colheita.
O tempo que o malfeitor gastou para agir em oposição à Lei, é igual ao tempo que o santo despendeu para trabalhar sublimando a vida.
Todo desejo, na essência, é uma entidade tomando a forma correspondente.
A vida é sempre o resultado de nossa própria escolha.
O pensamento é livre e, depois de agir sobre o objetivo a que se endereça, reage sobre a criatura que o emitiu, tanto em relação ao bem quanto ao mal.
A sentença de Jesus: “Procura e achará”, equivale a dizer: “Encontrarás o que desejas”.

ENTENDI - Pablo Massolar

Entendi que para ter sol, não é preciso não ter nuvens...
Que para voar, não é preciso ter asas...
Que para sonhar, não é preciso dormir...
Que para querer, não há limites...

Entendi que para cantar, não precisa ser afinado...
Que para saber, nem sempre precisa perguntar...
Que para ter fé, não é preciso explicar...
Que para chorar, não é preciso doer...

Entendi que para dizer, não basta falar...
Que para sentir, basta um coração...
Que para beijar, pode ser com os olhos...
Que sorrir, pode começar de uma lágrima...

Entendi que, contra toda lógica, o tempo pode parar...
Que para sempre, pode ser dois segundos ou menos...
Que para agir, pensar pode travar...
Que para viver, não é preciso ter tempo...

Entendi que estar não é o mesmo que ser...
Que para conquistar, às vezes só depende da espera...
Que derrubar, pode ser construindo...
Que para chegar, correr pode atrapalhar...

Entendi que não preciso entender tudo...
Que para ser feliz, não preciso de bons motivos...
Que para fazer calar, não é preciso ter razão...
Que ter medo, pode ser com muita coragem...

Entendi que paradoxo tem outro lado ou não...
Que para ser maluco, não precisa ser da cabeça...
Que para ganhar, pode ser perdendo...
Que cobrar, pode ser a forma de perder tudo...

Entendi que perdoar todo dia é o mínimo para ser perdoado também...
Que para ser eu mesmo, preciso me colocar no lugar do outro...
Que para fazer um amigo, não é preciso ser um outro eu...
Que persistir, é o jeito de encontrar o caminho...

Entendi que a distância é um conceito nada matemático...
Que para se estar longe, pode ser de mãos dadas...
Que para ficar perto, só é preciso imaginar...
Que para amar, não precisa de mais nada...

CONTRIBUIÇÃO DA MINHA AMIGA CLÁUDIA TEMER! VALEU!!!

08/04/11

RESILIÊNCIA ... VENCENDO A SI PRÓPRIO - Magda Baetta

A Psicologia tomou este conceito emprestado da física. Pode ser definida como a capacidade do ser humano lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas – trauma, choque, dificuldades, estresse, etc. – impedindo entrar em surto psicológico.
O que faz com que algumas pessoas possuam a capacidade de lidar e superar determinadas situações e outras permanecerem no sofrimento, angustiadas e presas nas malhas da infelicidade?
O que leva um sujeito levantar após um grande baque e outro permanecer no fundo do poço?
Não são personagens de ficção que se erguem após a grande queda. Estas pessoas são homens, mulheres, crianças e velhos. Indivíduo comum do mundo que retoma sua vida após a morte de um filho, a perda de uma parte de seu corpo, a perda do emprego, doenças graves, físicas ou psíquicas, em si mesmo ou em alguém da família.
Pare e relembre como você agiu diante de casos assim. Nestas situações sua resiliência é testada.
As razões citadas são suficientes para levar um individuo ao caos. Mas, pertencem a este grupo pessoas capazes de continuar uma vida de qualidade, sem autopunições, sem resignação destruidora, que renascem dos escombros – ESSES SÃO SERES RESILIENTES.
Em qualquer ambiente é possível ser resiliente. Por exemplo, no trabalho, resiliência é a capacidade de resistir às pressões e às frustrações sem perder energia, sem se deformar psicologicamente. Ela é o resultado da educação e da formação que recebeu ao longo da vida, desde a educação infantil às experiências acumuladas com o passar dos anos. Diante das situações de pressão que viveu, você aprendeu a reagir, assimilar e resistir. No mercado atual, há uma escassez de jovens profissionais resilientes.
Desta forma, um dos fatores de resiliência é a capacidade do individuo de garantir sua integridade, mesmo nos momentos mais críticos.
Portanto, entende-se resiliência como uma combinação de fatores que propiciam ao ser humano, condições para enfrentar e superar problemas e adversidades.
Não deixe para daqui a pouco ou amanhã. comece agora seu processo de transformação!

07/04/11

Vocabulário feminino- Por Leila Ferreira


Se eu tivesse que escolher uma palavra – apenas uma – para ser item obrigatório no vocabulário da mulher de hoje, essa palavra seria um verbo de quatro sílabas: descomplicar.

Depois de infinitas (e imensas) conquistas, acho que está passando da hora de aprendermos a viver com mais leveza: exigir menos dos outros e de nós próprias, cobrar menos, reclamar menos, carregar menos culpa, olhar menos para o espelho. Descomplicar talvez seja o atalho mais seguro para chegarmos à tão falada qualidade de vida que queremos – e merecemos – ter.

Mas há outras palavras que não podem faltar no kit existencial da mulher moderna.

Amizade, por exemplo. Acostumadas a concentrar nossos sentimentos (e nossa energia...) nas relações amorosas, acabamos deixando as amigas em segundo plano. E nada, mas nada mesmo, faz tão bem para uma mulher quanto a convivência com as amigas. Ir ao cinema com elas (que gostam dos mesmos filmes que a gente), sair sem ter hora para voltar, compartilhar uma caipivodca de morango ou suco e repetir as histórias que já nos contamos mil vezes – isso, sim, faz bem para a pele. Para a alma, então, nem se fala. Ao menos uma vez por mês, deixe o marido ou o namorado em casa, prometa-se que não vai ligar para ele nem uma vez (desligue o celular, se for preciso) e desfrute os prazeres que só uma boa amizade consegue proporcionar.

E, já que falamos em desligar o celular, incorpore ao seu vocabulário duas palavras que têm estado ausentes do cotidiano feminino: pausa e silêncio. Aprenda a parar, nem que seja por cinco minutos, três vezes por semana, duas vezes por mês, ou uma vez por dia – não importa – e a ficar em silêncio. Essas pausas silenciosas nos permitem refletir, contar até 100 antes de uma decisão importante, entender melhor os próprios sentimentos, reencontrar a serenidade e o equilíbrio quando é preciso.

Também abra espaço, no vocabulário e no cotidiano, para o verbo rir.

Não há creme anti-idade nem botox que salve a expressão de uma mulher mal-humorada. Azedume e amargura são palavras que devem ser banidas do nosso dia a dia. Se for preciso, pegue uma comédia na locadora, preste atenção na conversa de duas crianças, marque um encontro com aquela amiga engraçada – faça qualquer coisa, mas ria. O riso nos salva de nós mesmas, cura nossas angústias e nos reconcilia com a vida.

Quanto à palavra dieta, cuidado: mulheres que falam em regime o tempo todo
costumam ser péssimas companhias. Deixe para discutir carboidratos e afins no banheiro feminino ou no consultório do endocrinologista. Nas mesas de restaurantes, nem pensar. Se for para ficar contando calorias, descrevendo a própria culpa e olhando para a sobremesa do companheiro de mesa com reprovação e inveja, melhor ficar em casa e desfrutar sua salada de alface e seu chá verde sozinha.

Uma sugestão? Tente trocar a obsessão pela dieta por outra palavra que, essa sim,deveria guiar nossos atos 24 horas por dia: gentileza. Ter classe não é usar roupas de grife: é ser delicada. Saber se comportar é infinitamente mais importante do que saber se vestir. Resgate aquele velho exercício que anda esquecido: aprenda a se colocar no lugar do outro, e trate-o como você gostaria de ser tratada, seja no trânsito, na fila do banco, na empresa onde trabalha, em casa, no supermercado, na academia.

E, para encerrar, não deixe de conjugar dois verbos que deveriam ser indissociáveis da vida: sonhar e recomeçar. Sonhe com aquela viagem ao exterior, aquele fim de semana na praia, o curso que você ainda vai fazer, a promoção que vai conquistar um dia, aquele homem que um dia (quem sabe?) ainda vai ser seu, sonhe que está beijando o Richard Gere... sonhar é quase fazer acontecer. Sonhe até que aconteça.

E recomece, sempre que for preciso: seja na carreira, na vida amorosa, nos relacionamentos familiares. A vida nos dá um espaço de manobra: use-o para reinventar a si mesma.

E, por último (agora, sim, encerrando), risque do seu Aurélio a palavraperfeição.

O dicionário das mulheres interessantes inclui fragilidades, inseguranças, limites. Pare de brigar com você mesma para ser a mãe perfeita, a dona de casa impecável, a profissional que sabe tudo, a esposa nota mil. Acima de tudo, elimine de sua vida o desgaste que é tentar ter coxas sem celulite, rosto sem rugas, cabelos que não arrepiam, bumbum que encara qualquer biquíni. Mulheres reais são mulheres imperfeitas.

E mulheres que se aceitam como imperfeitas são mulheres livres. Viver não é (e nunca foi) fácil, mas, quando se elimina o excesso de peso da bagagem (e a busca da perfeição pesa toneladas), a tão sonhada felicidade fica muito mais possível.
CONTRIBUIÇÃO DA MINHA COMADRE GISLANE, A QM DEI UM LIVRO DA LEILA E GOSTA MUITO DELA TB!

SABER E SABOR - Ana Jácomo

Simplesmente, não sei: embora raras vezes eu já consiga entrar nele, sinto que este é um dos lugares de maior descanso, de maior abertura, de maior oportunidade, para onde a liberdade de vez em quando me traz.

A vida é tecida com os fios disponíveis de cada agora. De cada respiro. De cada ação. De cada acontecimento. De cada sabor. É essa tecelã que olha para você neste instante e me olha também. O que ainda não veio, quem sabe? Eu não sei.
Sabor é o presente. Saber é quando a gente desembrulha.

Almas Perfumadas - ANA JÁCOMO

Pra minha vó Edith


Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende a ver.
Tem gente que tem cheiro de colo de Deus. De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul. Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis. Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo. Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso. Ao lado delas, pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel.

Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza. Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria. Recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda. Tocando com os olhos os olhos da paz. Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.

Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar. Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está dançando conosco de rostinho colado. E a gente ri grande que nem menino arteiro.

Costumo dizer que algumas almas são perfumadas, porque acredito que os sentimentos também têm cheiro e tocam todas as coisas com os seus dedos de energia. Minha avó era alguém assim. Ela perfumou muitas vidas com sua luz e suas cores. A minha, foi uma delas. E o perfume era tão gostoso, tão branco, tão delicado, que ela mudou de frasco, mas ele continua vivo no coração de tudo o que ela amou. E tudo o que eu amar vai encontrar, de alguma forma, os vestígios desse perfume de Deus, que, numa temporada, se vestiu de Edith, para me falar de amor.

AMAR SÓ, NÃO BASTA - Artur da Távora

CONTRIBUIÇÃO DA MINHA AMIGA Débora Márcia Feitosa Garcia.
 
Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja.
O amor é único, como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.
A diferença é que entre marido e mulher não há laços de sangue e por isso o amor nasce da convivência.
Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança acabamos por sepultar uma relação que poderia ser eterna.
Casaram. Te amo pra lá, te amo pra cá. Lindo, mas insustentável.
O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas.
Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver Muito mais do que amor, e às vezes nem necessita de um amor tão intenso.
É preciso que haja, antes de mais nada, respeito e amizade. Agressões zero.
Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência...
Amor, só, não basta.
Não pode haver competição. Nem comparações.
Tem que haver bom humor para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades.
Tem que saber levar. Amar, só, é pouco.
Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas pra pagar.
Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar.
Entre casais que se unem visando à longevidade do matrimônio tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um.
Tem que haver confiança.
Uma certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão. E que amar, "solamente", não basta.
Entre homens e mulheres que acham que o amor é só poesia, tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom, pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado.
O amor é grande, mas não é dois.
É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da nipotência.
O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.
Um bom Amor aos que já têm!
Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós!

Reverência ao Destino - Carlos Drummont de Andrade

Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.
Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.
Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.
Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem pra fazer.
Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.
Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.
Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez.
Fácil é dizer "oi" ou "como vai?"
Difícil é dizer "adeus". Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas…
Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.
Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.
Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.
Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.
Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.
Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.
Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.
Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.
Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.
Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.
Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata!

CONTRIBUIÇÃO DA MINHA AMIGA CLAUDIA TEMER.

O que é viver bem - Cora Coralina

Sabedoria de Cora Coralina!

O QUE É VIVER BEM?

Um repórter perguntou à CORA CORALINA o que é viver bem?
Ela disse-lhe:
“Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice. E digo prá você, não pense.
Nunca diga estou envelhecendo, estou ficando velha. Eu não digo. Eu não digo estou velha, e não digo que estou ouvindo pouco. É claro que quando preciso de ajuda, eu digo que preciso.
Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos e isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida. O melhor roteiro é ler e praticar o que lê.
O bom é produzir sempre e não dormir de dia.
Também não diga prá você que está ficando esquecida, porque assim você fica mais.
Nunca digo que estou doente, digo sempre: estou ótima.
Eu não digo nunca que estou cansada. Nada de palavra negativa. Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida fica. Você vai se convencendo daquilo e convence os outros. Então silêncio!
Sei que tenho muitos anos. Sei que venho do século passado, e que trago comigo todas as idades, mas não sei se sou velha não. Você acha que eu sou?
Posso dizer que eu sou a terra e nada mais quero ser. Filha dessa abençoada terra de Goiás.
Convoco os velhos como eu, ou mais velhos que eu, para exercerem seus direitos. Sei que alguém vai ter que me enterrar, mas eu não vou fazer isso comigo.
Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes. O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade. Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça. Digo o que penso, com esperança. Penso no que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com amor.
Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende.”
"Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o DECIDIR."

Pour Christiane - Fernando Magno

Viver é sobreviver ao vir e ver
É ser agora todos esse instante
Inteiro momento.
É renascer aqui e adiante
Como o sol a cada madrugada
E mais um pouco daqui a pouco
E depois mais, e depois mais
No rasgar-se das manhãs novas.
É sofrer calado na dor se a dor não cala
É amar na cara do amor se o amor te encara
É crer em ti a partir do teu querer
É cravar na vida os dentes do rir
E sorrir como um arco-íris
Alegremente.

Poema do Livro: Canto Entre Amarras.

VOCÊ NÃO SABE - Roberto Shinyashiki

Você não sabe,
Mas está comigo
Neste canto.
Eu quero lhe dizer
Dos encontros que tivemos
Sem que fosse preciso estarmos juntos.
E agora, é um desses instantes
Que a mim
Chega com som de sacramento,
E que não importa onde você esteja,
Porque eu o alcanço em pensamento
Com toda a maciez deste momento.
E então, lindo menino,
Quero lhe dar o que
Me vai na alma...
Leve com você este suspiro rosa,
Leve com você o meu pensar azul,
O meu sorriso verde,
Este carinho branco,
O meu olhar brilhante,
Esta paixão dourada.
Leve com você, nesta hora,
Com muita força e calor,
Aquilo em que me transformo
Para você...
Um arco-íris do amor.

05/04/11

Nada é só bom - ELIANE BRUM

Ao assistr ao novo filme de Arnaldo Jabor, “A Suprema Felicidade”, fiquei desesperada porque não tinha uma caneta e um bloquinho. Eu nunca ando sem uma caneta e um bloquinho. Mas assisti ao filme na abertura do Festival de Cinema do Rio, na quinta-feira (23/9), vestida para festa e com uma daquelas bolsas ridículas onde mal cabem o batom e o dinheiro do táxi. Um problema quando ouvimos uma frase realmente ótima e tudo o que encontramos para retê-la é um bastão com algum nome bizarro como “beijo fatal”. Tive de apelar para a minha péssima memória porque há no filme algumas frases imperdíveis. Daquele tipo essencial, tão boas que parecem simples e até óbvias e você quer morrer por nunca tê-las escrito. Estas frases unem as memórias do cineasta, que vão emergindo no filme do mesmo modo que as lembramos na vida – sem linearidade e só aparentemente descosturadas. Fiquei repetindo-as durante toda a sessão para mim mesma. Consegui que sobrevivessem razoavelmente ilesas. E a primeira delas é a do título desta coluna: “Nada é só bom”.

Virou meu mantra desde então. Vejo tanta gente sofrendo por aí, achando que sua vida está aquém do que deveria ser, porque tudo deveria ser só bom. Não sei quando nos enfiaram garganta abaixo esta ideia absurda de um estado de felicidade absoluta. Uma espécie de nirvana a ser alcançado em que nada mais nos perturbaria e que seríamos felizes para sempre. Na verdade, só há um jeito de isso acontecer: podemos ser felizes e mortos. Porque este estado imperturbável, imune à vida, só se alcança na morte.

Acho que a grande causa atual de infelicidade é a exigência da felicidade. É o deslocamento do lugar da felicidade para o centro da vida, como um fim a ser alcançado e a medida de uma existência que valha a pena. Se nos lembrarmos bem dos contos de fadas, o “e foram felizes para sempre” era exatamente o fim da história. Era quando o conto morria num ponto final porque não havia mais nada relevante para ser contado. Tudo o que interessava, o que nos hipnotizava e nos mantinha pedindo a nossos pais ou à professora ou a nós mesmos “de novo, conta de novo”, era o que vinha antes. O desejo, as turbulências, os avanços e recuos, os tropeços e os arrependimentos, os erros, o frio na barriga, a busca. Tudo aquilo que é a matéria da vida de todos. O que realmente importa.


Acho impressionante a quantidade de adultos pedindo um final feliz para as suas vidas, para suas histórias de amor, para o sucesso profissional. Não há nenhum mistério no final. Independentemente do que cada um acredita, o fato é que no final a vida como cada um a conhece acaba. Para viver, o que nos interessa não são os pontos finais, mas as vírgulas. Os acontecimentos do meio, o enredo entre o primeiro parágrafo e o último.
Escrevo pequenas histórias de ficção em um site de crônicas e alguns leitores se manifestam, por comentários ou por email, reclamando do desfecho. Eles me ensinam sobre esta exigência da felicidade por toda parte. Pedem, com todas as letras, “um final feliz”. Sentem-se traídos porque não dou isso a eles. Mas voltam na semana seguinte para se perturbarem com o desfecho do novo conto e reclamar mais uma vez. São adultos pedindo histórias da carochinha. E consumidores bem treinados para achar que tudo é produto de consumo.
Acham que ofereço a eles cachorro-quente. Por favor, um pouco mais de mostarda, duas salsichas, menos pimenta no molho. É muito interessante. Mas, de algum modo, algo nos meus “finais infelizes” os engata. Porque, em vez de me deixar para lá e ler algo mais “feliz”, voltam por alguma razão. Talvez descobrir se me rendi a tal da felicidade.


A ideia de felicidade como um fim em si mesmo encobre e desbota tanto a delicadeza quanto a grandeza do que vivemos hoje, faz com que olhemos para nossas pequenas conquistas, nossos amores nem sempre tão grandiloquentes, nosso trabalho às vezes chato, como se fosse pouco. Apenas porque nem a conquista nem o amor nem o trabalho é só bom. E há uma crença coletiva e alimentada pelo mundo do consumo afirmando que tudo deveria ser só bom. E se não é só bom é porque fracassamos.


Deixamos então de enxergar a beleza de nosso amor imperfeito, de nossa família imperfeita, de nosso trabalho imperfeito, de nosso corpo imperfeito, de nossos dentes imperfeitos e até de nossas taxas de colesterol imperfeitas. De nossos dias imperfeitos. Escolher como olhamos para nossa vida é um ato profundo de liberdade que temos descartado em troca de propaganda enganosa.


Tanta gente se esquece de viver o que está aí em troca desta mercadoria ordinária chamada de felicidade. Que, como toda mercadoria, tem essência de fumaça. Se tivesse de escolher entre esta felicidade de plástico que vendem por aí e a infelicidade, preferiria ser infeliz. Pelo menos, a infelicidade me faz buscar. E a felicidade absoluta é mortífera, ela mata o tempo presente.

Não tenho nenhum interesse por esta pergunta corriqueira: “Você é feliz?”. Acho uma questão irrelevante. O que me interessa perguntar a mim mesma – e pergunto a todos a quem entrevisto é: “Você deseja?”
Desejar é o contato permanente com o buraco, com a falta, com a impossibilidade de ser completo. Desejar é o que une o homem à sua vida. Une pela falta. Tem mais a ver com um estado permanente de insatisfação. Não a insatisfação que paralisa, aquela causada pela impossibilidade da felicidade absoluta; mas a insatisfação que nos coloca em movimento, carregando tudo o que somos numa busca permanente de sentido. Desejar é estar sempre no caminho, conscientes de que o fim não importa. O fim já está dado, o resto tudo é possibilidade.


No filme de Arnaldo Jabor, as melhores frases são de Noel, avô do personagem principal, vivido pelo enorme Marco Nanini. Numa ocasião ele diz ao neto: “Ninguém é feliz. Com sorte, a gente é alegre”. E completa: “A vida gosta de quem gosta dela”. Achei de uma simplicidade brilhante. É isso, afinal. É claro que há uns poucos momentos de felicidade, mas, como diz Noel em seguida, eles duram no máximo uns 10 minutos e se vão para sempre.
Em vez de ficar perdendo tempo com finais felizes ou se perguntando sobre a felicidade ou invejando a suposta felicidade do vizinho ou se sentindo mal porque não é um personagem de comercial de margarina, vale mais a pena tratar de viver. Tratar de gostar da vida para que ela goste de você.


Aliás, nada me dá mais medo do que gente que vive como se estivesse num comercial de margarina. Se aceitarem um conselho: corram dessas vidas de photoshop. Elas não existem. Gente de verdade vive do jeito possível – e tenta lembrar que o possível não é pouco. Isso não significa se acomodar, pelo contrário. Mas abrir os olhos para a novidade do mundo na soma subtraída de nossos dias, desejar a vida que nos deseja.
É como em outra frase, esta dita por um comprador ambulante de coisas antigas num momento crucial do filme. Um delirante Noel, assustado com a proximidade da morte e disposto a retomar a alegria, sacode na rua o personagem de Emiliano Queiroz, gritando: “Hoje é sábado, hoje é sábado”. E o comprador de coisas que já perderam o sentido diz a frase antológica, digna de um frasista como Nelson Rodrigues: “O sábado é uma ilusão”.
Sim, o sábado é uma ilusão. Então, lembre de viver também de segunda a sexta. 

ELIANE BRUM, Jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo).

SINTO SAUDADES - Antonio Carlos Affonso dos Santos


Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me lembro do passado...
Eu sinto saudades...
Sinto saudades de amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...
Sinto saudades da minha infância, do meu primeiro amor, do segundo, do terceiro, do penúltimo e daqueles que ainda vou ter se Deus quiser...
Sinto saudades do presente, que não aproveitei de todo, lembrando do passado e apostando no futuro...
Sinto saudades do futuro, que se idealizado, provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser
Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria e nem apareceu...
De quem apareceu correndo, sem me conhecer direito...
De quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.
Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!
Daqueles que não teve como me dizer adeus...
De gente que passou na calçada contrária da minha vida e que só enxerguei de vislumbre!
Sinto saudades de coisas que tive e de outras que não tive, mas quis muito ter!
Sinto saudades de coisas que nem sei se existiram.
Sinto saudades de coisas sérias, de coisas hilariantes, de casos, de experiências...
Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!
Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar.
Sinto saudades das coisas que vivi e das que deixei passar...
Sem curtir na totalidade
Quantas vezes têm vontade de encontrar não sei o que... Não sei onde... Para resgatar alguma coisa que não sei o que é e nem sei onde perdi...
Aliás, dizem que se costuma usar sempre a língua pátria, espontaneamente
Quando estamos desesperados... Para contar dinheiro... Fazer amor...
Declarar sentimentos fortes...
Seja lá em que lugar do mundo.
Eu acredito que um simples "I miss you" ou seja lá como possamos traduzir
SAUDADE em outra língua, nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.
Talvez não exprima corretamente a imensa falta que sentimos de coisas ou pessoas queridas
E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra para usar todas as vezes que sinto este aperto no peito, meio nostálgico, meio gostoso, mas que funciona melhor do que um sinal vital quando se quer falar de vida e de sentimentos.
Ela é a prova inequívoca de que somos sensíveis!
De que amamos muito que tivemos...
E lamentamos as coisas boas que perdemos ao longo da nossa existência...


***ATENÇÃO!!! É BOM SABER!!!
SOLICITAÇÃO DO AUTOR DEIXADA NOS COMENTÁRIOS: 
Gostaria que você procurasse o texto real, do qual sou autor: www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=1678
O texto que você publicou tem trechos que não são de minha autoria; foram enxertados (não sei a razão=> isso já faz tempo....). Boa sorte!
PS: agradeço os comentários elogiosos...


CONFIRAM...
 Fragmentos da crônica “Saudades”, de Antônio Carlos Affonso


Ter saudades não é só dizer "nostalgia", para traduzir saudade em outra língua. Saudade, conforme diz a canção, "é uma tristeza que não sabemos de onde vem".

Eu tenho saudades de tudo que marcou a minha vida. Nas lembranças dos “causos” que meus pais e avós, sertanejos, me contavam.

Quando vejo seus retratos, quando sinto cheiros, quando ouço uma voz, que me lembra alguém a quem não esqueci; quando me lembro das pessoas que convivi no passado.

Sinto saudades dos amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...

Sinto saudades de minha infância, do meu primeiro amor, da primeira professora, dos meus amigos de infância, do primeiro beijo...

Sinto saudades até do presente, que não consigo aproveitar direito, devido ao redemoinho que se transforma nossa vida moderna. Tenho saudades do passado, próximo e distante, como de quando conheci minha esposa e namoramos e noivamos por longos dezoito meses, também sinto saudades do futuro, que não sei se vou conhecer, mesmo assim estou saudoso.

Este futuro no qual apostei toda minha vida e idealizei, me preparei, estudei, passei privações de vários tipos, mesmo assim sinto saudades, até porque eu não o conheço: nem ele a mim. É possível que o futuro seja diferente de tudo que sonhei, mesmo assim, dele sinto saudade.

Tenho saudades de quem um dia disse que viria e não veio. Sinto saudades de quem apareceu na minha vida como um furacão ou um cometa, sinto saudades.

Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito nem torto, como meus irmãos queridos que não tiveram como me dizer adeus...

Tenho saudades de gente que passou na calçada contrária da minha vida, pessoas que só enxerguei de vislumbre.

Tenho saudades de coisas que eu tive e de coisas que nem sei se existiram na minha vida.

Mas que se soubesse, decerto gostaria de experimentar. Tenho saudades das gentes que, por eu ter cruzado a rua, deixei de conhecer.

Sinto saudades do cachorrinho, o Viajante, que tive um dia, quando criança e que me amava fielmente, como só os cães de crianças são capazes.

Dos livros que li e que me fizeram viajar, dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar, das coisas que vivi e das que deixei passar, sem curtir na totalidade, para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi, mas mesmo assim, sinto saudades.

Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades em Taboão da Serra, em Cravinhos, na cidade do Cabo, em Londres ou Xangai, ou em qualquer outro lugar do planeta.

E meu sentimento poderia se expressar em qualquer língua, mas que minha saudade, por eu ser brasileiro, só fala português, embora, lá no fundo, sei que ela fala todos os idiomas, mesmo que não saibam escrevê-la.

Creio que todos os povos sintam saudades, apenas eles não sabem demonstrá-la por palavras.

E é por isso que eu tenho ainda mais saudades...

Porque encontrei uma palavra para usar todas as vezes em que sinto este aperto no peito.

Irreverente, gostoso, triste, amargo, visceral,

mas que funciona melhor do que um sinal vital quando se quer falar de vida e de sentimentos.

Saudade é a prova inequívoca de que somos sensíveis.

De que amamos as coisas boas que perdemos ao longo da nossa existência...


Tratado sobre a tolerância - VOLTAIRE

Por um mundo mais digno

Voltaire defendia o direito de todo homem expressar livremente suas opiniões e crenças. “Tratado sobre a Tolerância" foi escrito há quase 250 anos, mas você vai perceber que ele ainda é atual.
O célebre “Tratado sobre a Tolerância’’ de Voltaire 1763
“ Não é mais aos homens que me dirijo. É à você, Deus de todos os seres, de todos os mundos e de todos os tempos: Que os erros agarrados à nossa natureza não sejam motivo de nossas calamidades.
Você não nos deu coração para nos odiarmos nem mãos para nos enforcarmos. Faça com que nos ajudemos mutuamente a suportar o fardo de uma vida penosa e passageira.  
Que as pequenas diferenças entre as vestimentas que cobrem nossos corpos, entre nossos costumes ridículos, entre nossas leis imperfeitas e nossas opiniões insensatas não sejam sinais de ódio e perseguição.  
Que aqueles que acedem velas em pleno dia para Te celebrar, suportem os que se contentam com a luz do sol.
Símbolos religiosos - Que os que cobrem suas roupas com um manto branco para dizer que é preciso Te amar, não detestem os que dizem a mesma coisa sob um manto negro.
Que aqueles que dominam uma pequena parte desse mundo, e que possuem algum dinheiro, desfrutem sem orgulho do que chamam poder e riqueza e que os outros não os vejam com inveja, mesmo porque, Você sabe que não há nessas vaidades nem o que invejar nem do que se orgulhar.
Que eles tenham horror à tirania exercida sobre as almas, como também execrem os que exploram a força do trabalho. Se os flagelos da guerra são inevitáveis, não nos violentemos em nome da paz.
Que possam todos os homens se lembrar que são irmãos!’’
Frases de Voltaire “A primeira lei da natureza é a tolerância, já que temos todos uma porção de erros e fraquezas.’’ “ Pense por si mesmo e dê às outras pessoas o direito de fazer o mesmo.’’ “ Eu discordo do que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo.” “ A ignorância afirma ou nega veementemente; a ciência duvida.’’ “ Julgue-se um homem mais pelas suas perguntas do que pelas suas respostas.”
Voltaire era o pseudônimo de François-Marie Arouet. Ele foi ensaísta, escritor e filósofo iluminista. Suas ideias tiveram influência nos processos da Revolução Francesa e da Independência dos Estados Unidos. Nasceu em Paris, em 21 de novembro de 1694 e lá morreu, em 30 de novembro de 1778.

VC GOSTA DE SER VELHA? COMO SABER ENVELHECER - DESCONHEÇO AUTORIA

Minha  amiga NINA mandou...  Linda mensagem!  Recebi sem título e sem autor, mas dei esse título e se alguém descobrir a autoria, me avise, porque essa pessoa que ecreveu o que você vai ler agora, com certeza escreveu porque leu os pensamentos de muuuuiiiita gente, por isso posto e compartilho.

Eu nunca trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa. Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim, e menos crítica de mim mesmo. Eu me tornei minha própria amiga. Eu não me censuro por comer biscoito extra, ou por não fazer a minha cama, ou para a compra de algo bobo que eu não precisava, como uma escultura de cimento, mas que parece tão “avant garde” no meu pátio. Eu tenho direito de ser desarrumada, de ser extravagante.

Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.

Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar no computador até as quatro horas e dormir até meio-dia? Eu dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 &70, e se eu, ao mesmo tempo, desejo chorar por um amor perdido... Eu vou.

Vou andar na praia em um maiô excessivamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros no jet set.

Eles, também, vão envelhecer.

Eu sei que eu sou às vezes esquecida. Mas há mais, algumas coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes.

Claro, ao longo dos anos meu coração foi quebrado. Como não pode quebrar seu coração quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro? Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.

Eu sou tão abençoada por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos, e ter os risos da juventude gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto.

Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata.

Conforme você envelhece, é mais fácil ser positiva. Você se preocupa menos com o que os outros pensam. Eu não me questiono mais.

Eu ganhei o direito de estar errada.

Assim, para responder sua pergunta, eu gosto de ser velha. Eu gosto da pessoa que me tornei. Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será. E eu vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer).