As pequenas grandes diferenças de um
amor. Sou de Sagitário, ele é capricorniano.
Ele é contemplativo, eu sou dinâmica. Aprendi com ele a delícia de um longo
abraço.
Ele e eu somos feitos de
pequenas grandes diferenças.
Eu nunca abro janelas. E nunca
fecho portas.
Ele abre todas as janelas assim
que acorda. Tranca todas as portas assim que entra em casa.
O difícil equilíbrio estava nos
guarda-roupas. Portas abertas atrapalham tudo. Portas fechadas me fazem muito
infeliz.
Depois de alguns
anos de casamento,
chegamos a um consenso. Eliminamos as portas. Os amigos acham meio
estranho mas é assim que é. Um guarda-roupa sem
portas.
Além disso, eu aprendi a abrir as janelas toda manhã. Mas, quando ele viaja, confesso que ainda deixo as portas destrancadas.
Além disso, eu aprendi a abrir as janelas toda manhã. Mas, quando ele viaja, confesso que ainda deixo as portas destrancadas.
Temos dois tipos de cobertores
na cama.
Um bem levinho, porque ele é
calorento.
Um bem quente e pesado, porque
eu sou friorenta.
Travesseiros altos e firmes pra
ele. Travesseiros molinhos e finos pra mim.
É só uma questão de
adaptação.
Ele gosta de free jazz . Eu
gosto de pop. E soul. E forró. E sertanejo universitário. E qualquer coisa que
as pessoas com quem eu estou estejam ouvindo. Sou um papel carbono. (Se você tem
menos de 25 anos nem deve saber o que é isso).
Sou de Sagitário. Saio atirando
flechas por aí.
Ele é capricorniano. Pondera
sobre tudo.
Ele é
contemplativo.
Eu sou dinâmica.
Mas agora reparo na lua. E, de
onde estou na minha vida maluca, mando um SMS pra ele olhar também.
Aprendi com ele a delícia de um
longo abraço. Mas demorou.
Em geral ele usa a força física
pra me segurar ali, contra o peito dele, até que eu me acalme e desista de
arrumar mais uma prateleira ou responder outro e mail.
E aí, pasmem, eu gosto. E me
submeto.
Ele gosta de
exercício.
Eu sou preguiçosa.
Ele é plural, eu
obsessiva.
Ele é italiano, sofre. Eu, quase
alemã, escudo.
Nosso amor é uma gangorra. Mas
existe e é honesto em todas as diferenças.
As pequenas grandes diferenças
que eu amo nele. E que ele deve amar em mim.
Nelas a vida é mais difícil. E é
mais rica.
É um desafio. E uma
troca.
De vez em quando a gente
emburra. E quase sempre a gente se entende.
Quando ele perde as chaves, eu
acho.
Quando eu perco a cabeça, ele
entende.
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