Saber esperar é tudo na vida. Quem espera sempre alcança. O melhor da festa é esperar por ela. A vida é um novelo de fios com que se tece a urdidura das esperas, cujos elos se vão entrelaçando nas teias da esperança. Penélope, esposa de Ulisses, lhe permanece fiel durante sua longa ausência, e até seu retorno da guerra de Troia, alegando aos pretendentes que não se casaria enquanto não terminasse de burilar sua misteriosa colcha. A vida humana se assemelha, assim, a um tecido de Penélope. Obra, tela, bordado de Penélope. Todo dia é dia de tecer e de esperar. Às vezes, horas a fio. Anos a fio...
“O sertanejo é, antes de tudo, um forte” porque espera que a chuva caia.
Um condenado tem de esperar pelo final da pena. Esperar o fim da aula. Esperar o fim da fila. Esperar o final do expediente. Esperar o dia do pagamento. O dia do casamento. Esperar a última prestação. Esperar a minha vez. Esperar um e-mail. Esperar a encomenda. Esperar a formatura. Esperar no trânsito com paciência. Esperar no ponto do ônibus. Esperar em Deus.
Um condenado tem de esperar pelo final da pena. Esperar o fim da aula. Esperar o fim da fila. Esperar o final do expediente. Esperar o dia do pagamento. O dia do casamento. Esperar a última prestação. Esperar a minha vez. Esperar um e-mail. Esperar a encomenda. Esperar a formatura. Esperar no trânsito com paciência. Esperar no ponto do ônibus. Esperar em Deus.
A história da humanidade não deixa de ser uma espera. Uma aposta na esperança, que é a última que morre. Antes tarde do que nunca. Nada como um dia depois do outro. E dá-lhe ditado de esperança. Um atrás do outro.
Difícil é aceitar que exista tempo para tudo. A gente acaba coçando, infecciona a ferida entreaberta e retarda sua cicatrização. Ou espreme a espinha ainda verde. Mas tudo tem sua hora. Com o passar dos anos, embora não naquela velocidade que desejávamos, as coisas acabam acontecendo na nossa vida, na vida do país, no mundo. Um negro, presidente dos Estados Unidos; uma mulher, presidente do Brasil. Às vezes nos perguntamos: “Como é que não pensaram nisso antes?” Qual ovo de Colombo, coisa às vezes fácil de acontecer, mas na qual só se acreditou depois. Retiraram do ar, como num passe de mágica, as propagandas de cigarro do alucinante e alucinógeno mundo do vaqueiro de Marlboro. Guerras terminam, a escravidão acabou (!), o muro de Berlim caiu... a inflação galopante foi domada, o Complexo do Alemão, no Rio, dominado, planos econômicos malucos passaram. Muita coisa acaba acontecendo porque o Natal acontece. E nada é para sempre. Esperar também faz a hora. É o outro lado da medalha de Geraldo Vandré, que também falou das flores. Apesar dos espinhos. Mas com a certeza na frente.
Advento. Tempo de espera feliz. Tempo de frutificar e amadurecer.
Para Chico Buarque, Pedro pedreiro ficava esperando, esperando...
E deles, de Chico e do pedreiro, pinço o que se encaixa no jeito de ser esperançoso do advento no Advento. Do minúsculo no Maiúsculo.
Esperando o Sol. Esperando o trem. Esperando um filho pra esperar também. Esperando a festa. Esperando a sorte. Esperando a cura. Esperando a morte. E a ressurreição também. Esperando o norte da esperança aflita, bendita, infinita. Esperando a alegria do Natal. Então... FELIZ NATAL!
Para Chico Buarque, Pedro pedreiro ficava esperando, esperando...
E deles, de Chico e do pedreiro, pinço o que se encaixa no jeito de ser esperançoso do advento no Advento. Do minúsculo no Maiúsculo.
Esperando o Sol. Esperando o trem. Esperando um filho pra esperar também. Esperando a festa. Esperando a sorte. Esperando a cura. Esperando a morte. E a ressurreição também. Esperando o norte da esperança aflita, bendita, infinita. Esperando a alegria do Natal. Então... FELIZ NATAL!
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