Percebi que aos 30, alcancei algo
que nunca pensei que conseguiria.
Ser feliz sozinha. Sem condicionar
minha felicidade a alguém.
Algumas pessoas olham uma mulher e
pensam: não tem namorado, não se realizou ainda.
Pois tem milhares de coisas que eu
preciso alcançar pra me sentir uma mulher realizada, mas namorado, acreditem, é
uma das últimas necessidades que tenho agora! (Se é que tenho essa necessidade
agora.)
Tem gente que vai dizer que isso é
papo de mal amada. Pois eu acho que chamar de mal amada, quem consegue ser feliz
sozinha é papo de gente que não sabe ser feliz. E
ponto.
Colocar a
felicidade nas mãos de uma pessoa que pode ir embora, definitivamente, eu não
faço mais. Isso se chama maturidade. Me basto pra ser feliz.
Gosto de ver meu filme preferido sozinha, e
mais de uma vez! (Com brigadeiro, pipoca e refrigerante, sem ninguém dizendo que
vou engordar.)
Ficas horas lendo um livro, ou sair
pra caminhar por aí e pensando na (minha) vida.
Sair a noite com a roupa que eu
quiser, reagir diante dos amigos da forma que eu quiser, olhar pra todos os
lados e parar os olhos em quem eu quiser.
Mas não só isso. Tem algo mais que
eu não sei explicar. Talvez porque ainda esteja percebendo a delícia de ser
feliz sem depender de.
Aprendi que ‘para sempre’ não
existe, e consigo lidar com isso. E aprendi a aceitar o ‘nunca mais’, apesar de
saber que essa certeza também ninguém pode ter.
Aprendi a caminhar com calma, sem
ir ao encontro de nada, além de mim mesma.
Porque muita gente pensa que
felicidade está em algo ou alguém, ou lá no futuro.
Felicidade é agora, agorinha! Por
exemplo. Eu estou escrevendo e isso, pra mim, vale mais que terapia. Me traz
paz. É um momento feliz. Porque felicidade e paz estão diretamente ligadas. Eu
consigo ver a tal felicidade em mim, nas minhas escolhas que não dependem de
ninguém pra acontecer. Não preciso de alguém pra me fazer bem, porque eu aprendi
a fazer isso sozinha.
E acho que todo mundo tem que
buscar isso. Principalmente as mulheres. Acho que fomos criadas pra pensar que,
pra ser feliz, a gente tem que encontrar o tal príncipe encantado. E aí, babe,
ferrou. Porque (jura?) ele não existe.
Acho o amor lindo. E ainda acredito
nele, apesar dos tombos.
Só acho que não fiz a escolha certa
e ponto. Mas acredito em homem de caráter sim. E dizer que nenhum homem presta,
aí sim, é papinho de mal amada.
Vejo casais felizes, vejo histórias
lindas de amor e acredito que quando eu decidir viver uma, ela vai ser bem desse
jeitinho.
Com os caras que passaram por mim,
aprendi o que eu não quero de uma relação.
E aprendi que ser solteira é lindo
sim. E acho que é a real felicidade. A que vem aqui de dentro e ninguém pode
levar embora quando cansar de mim.
Me enchi de fé. De boas energias.
De amor próprio. Aprendi a querer bem a única pessoa que pode me fazer feliz de
verdade e pra sempre: Eu mesma!
Desejo que todo mundo encontre
isso, cada um no seu tempo.
E esse texto não era pra ficar
poético. Só queria mesmo era falar de amor mais uma vez. E falar do amor
próprio, quando ele existe mesmo, é lindo!
Lembrei daquela música: Desejo que
você tenha a quem amar...
E você tem! Se
ame!
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