Que a cada alvorecer a gente possa abrir os olhos para novos significados. E que essas descobertas sejam genuínas, desprovidas de tolas vaidades.
Que a gente se permita tropeçar no desconhecido, mesmo se sentindo despreparado para o imprevisível. E que haja sempre imensa capacidade de improvisação.
Que se tenha paciência para aceitar que muitas vezes se andará em círculos e se chegará ao mesmo ponto. Mas mesmo retornando à estaca zero, se saiba que já não se é mais o mesmo.
Que a gente não se sinta assolado pelas críticas nem deslumbrado pelos aplausos. E que se possa conservar sempre a gentileza nas palavras e gestos, mesmo quando não correspondidos.
Que nunca falte constância e fé para insistir na preservação daquilo que mais se ama. E que a gente possa aceitar que as reminiscências são necessárias para a compreensão dos velhos erros.
Desejo, por fim, que se cair em tentação, a gente possa se levantar com dignidade, sem autocomiseração ou demasiado sentimento de culpa.
E que nunca falte a poesia, para que apesar de tantos pesares, jamais desfaleça o encantamento por estar vivo.
Amém
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